sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Universidade
Desde que a opção de ir para a Universidade se tornou viável, que sonhei. Sonhei com o meu Futuro. Sonhei com a minha nova vida. Sonhei com a minha nova família. Quando finalmente cheguei, não só me deparei com falsidade, digna de pessoas de 10 anos, mas com um longo e impecável doutoramento, com com hipocrisia, e falsas verdades. Já vi tantas máscaras cair, que acho que isto de Universidade é mais prestável para identificar falsidade, do que para tirar o curso propriamente dito. Mas nem tudo foi mau. A Praxe. Ao contrário do que muita gente acha, a praxe foi das melhores coisas que me aconteceu. Porque me manteve ocupada. Porque me ensinou muita coisa. Porque me deu muito, e também me ensinou a perder. E porque me deu o mais impressionante e extraordinário ensinamento de todos. A Academia. E tudo o que faz parte dela. Os costumes. As regras. As imperfeições. Tudo aquilo que deveríamos aprender verdadeiramente, enquanto jovens adultos ainda a formar carácter. Palavras não podem expressar o quanto gosto disto, e o quão orgulhosa me sinto de cada vez que trajo, de cada vez que sinto o peso da minha capa sobre os ombros. O peso da sabedoria de quem veio antes de mim. Da minha própria sabedoria. E da que, um dia, irei transmitir aos meus futuros massacrados. O peso da tradição. Aquela que já ninguém cumpre, mas que toda a gente diz conhecer. Tudo tem um significado. E parte-se-me o coração saber, e ver que são aqueles que menos merecem, os que mais têm.
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